Viver com uma estomia traz muitas dúvidas e, se a bolsa não estiver adequadamente indicada, pode gerar inseguranças. Diariamente convivemos com as dúvidas trazidas pelos pacientes referentes às mudanças corporais e ao seu estilo de vida diante da sua nova condição. Por conta disso, decidimos compartilhar dicas que podem facilitar a vida da pessoa com uma estomia.
Como para qualquer novidade, é necessário um período de adaptação para se sentir confortável. Se você é estomizado, conhecer as dicas que preparamos pode auxiliar na retomada de suas atividades, proporcionando mais autonomia para garantir sua qualidade de vida.
As pessoas que gostam de atividades aquáticas sempre têm dúvidas se poderão voltar a nadar, se podem entrar na piscina, tomar banho na cachoeira ou ir a praia. A resposta é sim! As bolsas de colo, íleo e urostomia foram desenvolvidas com um material resistente que permite que a pessoa possa desempenhar suas atividades de forma normal, bloqueando vazamentos ou escapes de odor no ambiente.
Para curtir o seu momento, trinta minutos antes de entrar na água certifique-se que a placa adesiva ou a bolsa de uma peça esteja bem aderida a sua pele. Caso o equipamento que você utilize tenha filtro de carvão para a eliminação de gases, tape o suspiro da bolsa e esvazie todo o conteúdo dela antes de entrar na água.
As bolsas de coloração opaca são mais discretas e não permitem que o conteúdo da bolsa seja visualizado, mas, se ainda assim, você pode optar por algum acessório que disfarce o equipamento.
Para mulheres, existem opções de maiôs e biquínis retrô que possuem o cós mais alto, ou cintas, camisetas e capinhas para as bolsas. Já os homens podem se beneficiar das bermudas com o cós alto, cintas, camisetas e as capinhas de bolsa. O André, da foto acima, está usando uma cinta abdominal de neoprene para dar mais segurança na hora de entrar na piscina.
(Na Isaclin vendemos alguns tipos de cintas. Um dos modelos mais usados é este aqui: clique no link)
Ao sair da água, lembre-se de higienizar e secar a parte adesiva que está em contato com a sua pele. Para evitar formação de fungo e dermatite associada à umidade, lave com água limpa para remover resíduos de cloro, água salgada ou areia. E não se esqueça de remover o adesivo utilizado para proteger o respiro de carvão da sua bolsa, caso utilize uma bolsa com filtro.
- Quando as fezes são líquidas, como fazer?
Outra utilidade que traz bastante segurança ao estomizado que tem uma ileostomia, ou uma colostomia com eliminações mais líquidas, é o gelificante de fezes DIAMONDS. Esse produto é de carvão ativado, que além de evitar vazamentos, também reduz o odor das fezes, deixando o estomizado mais confortável para suas atividades. Para a gelificação das fezes, o Diamonds deve ser aplicado no interior da bolsa após cada esvaziamento.
- Qual o tempo que uma bolsa de colostomia pode ficar na pele?
Quanto ao aspecto das fezes e a permanência da bolsa não há um tempo exato pré-definido para a troca do equipamento. No entanto, é importante saber que as atividades aquáticas e o tipo de efluente podem reduzir o tempo de permanência da sua bolsa. Para quem tem uma ileostomia, é comum que a troca seja feita em média entre 3 ou 4 dias, pois quanto mais líquido for o efluente, mais rápida será a saturação da parte adesiva da bolsa (resina de hidrocolóide). Para quem tem uma colostomia, onde o aspecto das fezes são mais firmes, uma média de 5 dias é um bom tempo de permanência do equipamento. Como a pele deve ser íntegra, saudável e exatamente igual a qualquer outra parte do corpo, é recomendado que cada equipamento coletor utilizado não permaneça mais do que sete dias aderido à pele.